quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Será que...

Será que...


... quando estamos felizes o tempo passa mais depressa?

Está quase a fazer um ano desde que fui ver o "Shutter Island" e esse dia foi muito importante para mim. Foi o começo de um período bastante bom para mim, demasiado bom, às vezes até custa a crer que está a acontecer. Enfim espero que dure muito, muito tempo. =)

E além disso estamos já em Fevereiro e já estou a estagiar há 6 meses e, infelizmente, isso é uma coisa que me deixa muito triste. =( O trabalho é uma maravilha, os colegas de trabalho fantásticos e o que não falta lá é animação. =) O problema é que está quase a acabar. Mas já ando a sondar hipóteses de ficar por lá. Afinal não é todos os dias que encontramos um local de trabalho que gostamos, onde os colegas gostam de nós e não cortam na casaca e que é animado. Como diz a Mizé "ganhamos pouco, mas divertimo-nos imenso". Acho que imenso não descreve a animação que é todos os dias naquela casa. =P

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Orgulho ou Rancor?

Orgulho (s. m. ) - Manifestação do alto apreço ou conceito em que alguém se tem, soberba ridícula, brio.


Rancor (s.m.) - Ódio secreto e profundo, grande aversão.


Bem, eu pensava que eram palavras mais "softs", mas pelos vistos enganei-me. =S


Há uns tempos aconteceu-me uma situação que eu não esperava e que me fez perder a confiança numa pessoa. Será confiança a palavra certa? Será que a perdi mesmo?


Confiança (s. f.) - coragem proveniente da convicção no próprio valor, fé que se deposita em alguém, esperança firme, atrevimento, insolência, familiaridade.


Não creio que tenha perdido a confiança, porque se perdi porque continuo com esperança que as coisas se resolvam?


Eu sempre fui adepta de uma técnica de defesa que se chama "fugir com o rabo à seringa", quando as coisas não são como eu quero (talvez porque sou mimada?) tenho o terrível hábito de fugir e esperar que a tempestade amaine. Mas será uma boa técnica? Não será melhor sair e enfrentar a chuva e o vento e resolver de vez os problemas que nos perseguem?


Enfim como estava a dizer antes deste devaneio, aconteceu essa dita situação e eu achei que tinha perdido a confiança e fugi para não resolver as coisas. Mas será correcto fugir da resolução de um problema quando se conhece essa pessoa há 9 anos?


Afinal como em qualquer relação, seja em casamentos, namoros ou família, na amizade também existem problemas. E tal como em todas as relações devem ser resolvidos a falar, certo?


Então porque é que eu insisto em fugir?
Porque é que eu teimo em me achar superior e achar que esta amizade não faz falta?
Se não faz porque fico triste cada vez que penso nisso?


Eu quis acreditar que se podia viver sem amigos, mas isso é completamente falso. E eu enganei-me a esse ponto.


Fui burra ao ponto de me magoar a mim, magoar essa pessoa, e ainda magoar outras à minha volta.


Alguma vez se pode deitar 9 anos de amizade fora? Eu julgava que sim, mas enganei-me. Porque esses 9 anos têm sido a melhor parte da minha vida e eu estou a ser burra (sem ofensa aos asíninos que até são bem queridos) se penso em apagá-los das minhas recordações.


Enfim, isto foi mais um desabafo, de uma pessoa que se arrepende do que fez.


Arrependimento - Lamentar ou ter pena por alguma coisa feita ou dita ou não feita ou não dita.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A vida não pára...

A vida não pára quando acontece algo para que possámos pensar qual o passo que vamos dar a seguir, não é como um filme que podemos parar quando nos apetece ir até à cozinha beber um copo de água, ou quando a vontade de ir à casa-de-banho é mais forte que não podemos esperar até ao final. Se a vida desse para parar, como um filme, naquelas alturas em que estamos com dilemas, vamos supor que uma pessoa em média vive 70-80 anos, passava mais de 2/3 da sua vida em "Pause" para pensar nas decisões que tem de tomar.

E como a vida não pára, há-que saber viver cada momento, há-que saber dar as boas-vindas a novas pessoas que entram na nossa vida, e não fechar-lhes a porta na cara, porque há sempre qualquer coisa que essas pessoas vão mudar na nossa vida. Umas fazem-nos bem, outras fazem-nos mal. Até as que fazem mal devem ser bem-vindas, porque assim podemos aprender lições importantes que não aprenderíamos só com as pessoas que gostam de nós.

Também temos de saber dizer adeus às pessoas que não nos fazem bem e que continuamos a mantê-las ao pé de nós com esperança que a situação melhore. Acho que aqui se aplica um pouco a Lei de Murphy "se uma coisa corre mal, pode sempre piorar", e quando a relação com uma pessoa se começa a deteriorar, se calhar o mais saudável é dizer-lhe adeus. Despedir-se e preparar "um novo quarto" para alguém que nos venha bater à porta a seguir.

Às vezes as coisas não correm como prevemos ou alguém tenta deitar-nos abaixo... E isso desmoraliza.... Oh se desmoraliza... Mas o tempo que perdemos no meio da desmoralização, ou a culparmo-nos de coisas que não têm solução, é tempo em que não estamos com aquelas pessoas que realmente nos amam, que nos fazem felizes. Estamos demasiado consumidos com os nossos fracassos que não nos lembramos das pessoas que nos querem bem. Só nos lembramos daquelas que nos fazem sentir mal. E ao dar tanta atenção a essas pessoas, ao perder o nosso tempo com elas, só lhes estamos a aumentar o ego. E isso é uma perda de tempo enorme. Como dizem os nossos avós " O que não tem remédio, remediado está".

Neste momento sinto-me bem. Tenho um emprego que apesar de não ser na minha área, me deixa muito feliz. Tenho colegas de trabalho que se preocupam comigo, que gostam de mim e que não me deitam abaixo, como uma delas me diz quando estou mais em baixo "tu vais olhar-te ao espelho e dizer 'sou linda e maravilhosa e ai de quem me diga o contrário!'" Com motivação desta quem não há-de se sentir bem no trabalho?

Mas mais do que o trabalho ou a família que está e sempre estará ao meu lado, existe outra pessoa.

Uma pessoa muito especial. A tal pessoa que me faz sentir linda e maravilhosa e, além disso, faz questão de o dizer.

Pessoa essa que me apoia em todas as minhas decisões, mas ao mesmo tempo tenta que eu veja outros pontos de vista e outras soluções.

Pessoa essa sem a qual a minha vida, neste momento, não faria muito sentido.

A tal pessoa que me faz feliz e é por causa dela que eu consigo, ou pelo menos tento, ultrapassar os obstáculos que me surgem no dia-a-dia.

A palavra "obrigado" não é suficiente para agradecer o que tens feito por mim...


Gosto muito de ti.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

News...

Já há algum tempo que não vinha cá... É engraçado às vezes vir a este blog e surpreender-me com as coisas que aqui estão escritas e pensar "fui eu que escrevi isto?".
As coisas não mudaram muito desde do último post... Continuo à procura de emprego, embora tenha 4 meses de emprego garantido lá pra Junho (ao menos já é qualquer coisa).
Quer dizer, sou capaz de não estar a ser fiel à realidade... Afinal muita coisa mudou nos últimos meses...

Já estive a trabalhar mais um mês (mais uma experiência =S) e mais uma vez vim para o desemprego (sem direito a subsídio e infelizmente a continuar a depender dos pais), amigos que foram embora, outros que deram sinais de vida e ainda novas amizades...
Ainda apareceu alguém que me tem feito bastante bem, posso mesmo dizer que nunca estive tão bem como estou agora... Sinto-me mais calma, mais alegre e começo a ter menos crises de nervos do que antes... Sinceramente, espero que continue assim...=)
Enfim, por enquanto não há muito mais que tenha mudado... Mas de qualquer modo estou contente com as mudanças que ocorreram desde Janeiro...

domingo, 3 de janeiro de 2010

2010...Vida Nova?

Dizem sempre "Ano Novo, Vida Nova", mas raramente se mudam os velhos hábitos... Falo por experiência própria, afinal já foram várias as vezes que eu disse que ia mudar a minha atitude face às adversidades do dia-a-dia, mas nunca mudo...
Numa conversa com um amigo, ontem, estávamos a falar sobre o ano novo e ele disse "este ano vou traçar objectivos, etc etc" ao que eu respondi "traçar objectivos, fazer listas, fazer planos... é muito fácil, cumprir é mais difícil".
Mas o que será que nos prende aos nossos velhos hábitos?
Que força têm eles e que influência têm eles que nos impede de mudar...
Oh quantas vezes eu disse que ia mudar? Quantas vezes eu disse que ia manter o meu quarto mais arrumado, quantas vezes eu prometi que ia acabar tudo o que começava, quantas vezes eu disse que ia ajudar mais a minha mãe e responder de maneira menos torta ao meu pai e discutir menos com o meu irmão? Tantas vezes que eu disse que ia fazer e tantas vezes que me recusei a mudar a rotina...
Mas nos últimos tempos têm me dito que tenho de estar mais descontraída, que não devo pensar tanto nos meus problemas, porque mais cedo ou mais tarde eles resolvem-se, que devia divertir-me mais... Enfim um to-do-list que teria o tamanho de 2 rolos de papel de cozinha...

Isso faz me pensar um pouco... Em breve (espero eu) vou arranjar um emprego, os meus amigos também acabarão o curso em breve e terão os seus empregos...mas... será que depois de termos a nossa vida organizada, continuaremos a ter tempo uns para os outros? Continuaremos a sair juntos e a divertirmo-nos como agora? Ou será que ficaremos enleados na nossa nova vida que deixaremos de ter tempo para estar juntos?
É uma questão que me persegue e que às vezes tenho medo de saber a resposta...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Nifi...

Hoje vou falar do animal que mais "aqueceu" aquela pedra que tenho no peito e que comummente se chama coração.

Era uma gatinha linda, chamada Nifi... Apareceu na clínica com uma senhora que dizia que a tinha encontrado no chão e que sabia que o vizinho do 3º andar tinha uma gata, mas não sabia se era aquela. A senhora, que até tinha bom coração, responsabilizou-se por todos os gastos com a gata até o dono aparecer. O dono apareceu e revelou uma adoração pela gata que me surpreeendeu bastante. Cada vez que ia visitar a Nifi contava-me as histórias que envolviam a Nifi no seu ambiente, entre elas, uma em que todas as manhãs a Nifi saltava para o colo do dono, agarrava-se ao pescoço com uma pata de cada lado e dava duas lambidelas no nariz do dono.
Esta gata teve um pneumotórax e teve muitas vezes que ser tirado o ar que ela tinha dentro dela para facilitar a sua respiração. Uns dias depois, a Nifi saiu da incubadora e foi para uma box normal. Não comia, mas muitas vezes tentávamos forçá-la para ver se ela pegava na comida para poder restabelecer-se melhor. No último dia que estive na clínica ela comeu que foi uma maravilha, notava-se que ela estava esfomeada, mas ainda assim não estava a 100%, não conseguia urinar e tinha de se espremer a bexiga para aliviá-la. Digamos que ela não era muito fã desse processo, mas com algumas festas e com muita calma ela lá deixava que espremessemos a bexiga dela.
Uma vez que ela tinha caído de um 3º andar, não tinha muita sensibilidade nos membros posteriores e havia a dúvida se ela recuperaria o movimento das patas. Quando os donos perguntaram a razão pela qual ela não se colocava de pé, e eu tive de dizer que ela não tinha muita sensibilidade nos membros posteriores, fiquei a pensar se a reacção dos donos seria abandonar aquela gatinha adorável. Mais uma vez fui surpreendida pela positiva, os donos compreenderam e ficaram com pena se ela não voltasse a andar. Mas uma coisa eu tenho a certeza, nunca tinha visto tamanha adoração por uma gata como aqueles donos tinham pela Nifi...

Infelizmente, há uns dias fiquei a saber que a Nifi faleceu, precisamente no dia em que foi para casa. Com hidronefrose. Os donos ficaram bastante tristes, pelo que fiquei a saber... E eu também... Porque acho que não vou encontrar uma gata como aquela com tamanha adoração por parte dos donos...

Ficam aqui algumas fotos na Nifi...




quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mais um dia...

... mais clínicas a visitar e mais currículos a entregar...

(afinal era mais díficil do que pensava... =/ )